segunda-feira, 26 de maio de 2014

eCommerce: A tentativa de reinvenção dos Correios

São Paulo, 26 - A mudança da logomarca dos Correios, revelada no início deste mês, é mais do que uma ação de marketing isolada: sinaliza uma estratégia de revitalização que começou a ser desenhada três anos atrás, depois que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos se viu abalada por escândalos políticos, como o do Mensalão, e sofreu com o avanço de concorrentes privados, que aproveitaram para ganhar mercado no vácuo das ineficiências do gigante público.

Para viabilizar o projeto de reinvenção, que inclui a diversificação de suas receitas, o volume de investimentos da instituição cresceu: de R$ 404 milhões, em 2012, deve ficar em R$ 600 milhões neste ano - dinheiro que, segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, vem de aplicações financeiras da empresa, e não do caixa do governo federal, seu controlador.

Esses recursos, porém, terão de dar conta de uma longa lista de projetos, inclusive alguns não relacionados com sua atividade principal, como a ampliação do Banco Postal e a criação de uma operadora de telefonia celular própria. No setor de entregas, a companhia pretende construir 14 centros de triagem de pacotes e reformar outros seis nos próximos anos, além de melhorar seu sistema de acompanhamento de cargas. Tudo isso com a meta de atender melhor às empresas de e-commerce.

A aposta nesse nicho tem razão de ser: as vendas pela internet cresceram 28% em 2013, movimentando R$ 28,8 bilhões. O serviço de postagem, monopólio dos Correios, avança num ritmo muito menor, de 7%.

Domínio

O presidente dos Correios estima que a participação da instituição no e-commerce - responsável por 90 milhões de entregas em 2013 - esteja próxima a 40%. Esse domínio é justificado pela presença nacional da empresa, que tem obrigação de atender a todo o País. Por isso, as companhias que vendem para regiões distantes dos grandes centros dependem, em alguma medida, da estatal.

O setor privado é mais agressivo em cidades como Rio e São Paulo. Isso acontece porque o custo dos Correios para CEPs próximos é relativamente caro. Para distâncias curtas, empresas maiores preferem contratar parceiros especializados e regionais.

É a escolha que faz o empresário Vanoil Pereira, fundador do e-commerce de moda Passarela.com, que vendeu R$ 500 milhões em 2013. Ele envia a maior parte de suas cargas pelos Correios, mas usa serviços privados para uma opção de entrega em 12 horas, disponível para mercados como a capital paulista.

Além da vantagem regional, as empresas privadas se aproveitaram até agora de uma outra brecha deixada pela estatal: a demora em adotar inovações tecnológicas em sua cadeia. A confirmação de entregas em tempo real, por exemplo, já é adotada há quase quatro anos por empresas como a Direct Log, por exemplo. Só no fim deste ano, os Correios terão esse serviço 100% implementado. "Há uma demanda por bons serviços de rastreamento, e os Correios demoraram para reagir", diz Pedro Guasti, diretor da E-bit, empresa que reúne informações sobre e-commerce.

A promessa de um serviço mais ágil tem feito alguns grandes varejistas apostarem em uma parceria com a empresa pública. É o caso de companhias como o Mercado Livre e o eBay.

"A decisão sobre o frete é feita por nossos compradores e vendedores, e os Correios oferecem um preço bem competitivo", diz Luis Arjona, responsável pela operação do eBay no País, que tem 90% dos pacotes entregues pelos Correios.

Ainda que a tecnologia chegue ao nível da concorrência, Pedro Guasti diz que um fantasma continuará rondando a empresa pública (e seus clientes): as greves. "Quando a entrega é paralisada, o que acontece pelo menos uma vez no ano, as empresas recebem uma enxurrada de reclamações." Colaborou Naiana Oscar. 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Bancos e Startups investem em Pagamentos Móveis

Valor Econômico - 12/05/2014
Bancos e Startups investem em Pagamentos Móveis

Os canais digitais podem se firmar como as principais vias de atendimento bancário já em 2014, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), se mantido o atual ritmo de expansão. Resultados de uma pesquisa da entidade divulgada no fim de abril ilustram esse quadro: a internet e o "mobile banking" responderam por quase metade das transações realizadas no ano passado, com 47% das operações entre 18 instituições, responsáveis por 97% das agências do país.

Para Fabiano Lobo, diretor da Mobile Marketing Association (MMA) América Latina, trata-se de uma tendência irreversível: "o pessoal bancarizado com menos de 25 anos já vê como algo natural usar aplicativos e nem mesmo pisar na agência". No segmento financeiro, as soluções móveis têm evoluído para além do mobile banking, com inovações focadas principalmente nos meios de pagamentos eletrônicos.

Com lançamento previsto para agosto ou setembro deste ano, o sistema de pagamentos móvel Intelimotus se propõe a substituir os cartões físicos por meio de um aplicativo. Conforme o consultor da "startup" e diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Gerson Rolim, a solução vai funcionar em qualquer celular mesmo que não seja um smartphone. "Teremos aplicativos para Android e iPhone, mas também uma versão em java que poderá ser usada em aparelhos comuns", afirma.

Segundo Rolim, o aplicativo usará a tecnologia bluetooth, presente em quase todos os aparelhos móveis, para se comunicar com os terminais nos pontos de venda. "As maquininhas POS já recebem sinal bluetooth e vão perceber o celular como se fosse um cartão comum. Não é preciso fazer nenhuma adaptação nas lojas. Bastará baixar o software no celular gratuitamente e cadastrar os cartões", diz.

Rolim ressalta ainda que o usuário poderá juntar em um mesmo aplicativo seus meios de pagamento, tanto de débito e crédito quanto pré-pagos, e, posteriormente, até benefícios como tíquetes eletrônicos de alimentação e supermercado. De acordo com o consultor, o objetivo da Intelimotus é atingir 1 milhão de usuários até 2016.

A área de pagamentos eletrônicos uniu recentemente dois gigantes financeiros. Banco do Brasil e Bradesco lançaram em 16 de abril a Stelo, uma nova empresa que vai reunir os segmentos de facilitadoras de pagamentos para comércio eletrônico e de carteiras digitais.

Do lado do usuário, o novo serviço, previsto para ser lançado no segundo semestre, mas que já funciona em fase de testes com 200 mil clientes, vai oferecer uma solução chamada carteira digital. Trata-se de uma ferramenta que permite reunir os cartões de crédito, débito e pré-pagos e fazer o desembolso por compras e serviços pela internet ou por meio de aplicativos para smartphones e tablets. Para isso, basta escolher a forma de pagamento e usar o login e a senha do sistema. "Estimamos em 2018 movimentar algo em torno de R$ 10 bilhões por meio da carteira Stelo e atingir 10 milhões de clientes ativos", afirma o diretor de cartões do BB, Raul Moreira.

Dentro de sua estratégia de expansão dos serviços mobile, o Bradesco passou a isentar, desde março, seus clientes de pagar pelo uso de dados para acessar os aplicativos do banco para celulares. De acordo com o diretor de canais digitais do banco, Luca Cavalcanti, "tanto no pré-pago quanto no pós-pago quando o cliente acessa [um serviço do banco] quem paga é o Bradesco".

Conforme o executivo, os chamados canais alternativos, que incluem internet, aplicativos móveis, centrais telefônicas e caixas eletrônicos, já se tornaram os principais meios de atendimento do Bradesco. "Em maio o pico de transações de clientes por esses canais atingiu 5,4 milhões em um dia", afirma.

Sérgio Tauhata

sábado, 3 de maio de 2014

Nova solução de Pagamento Móvel no Brasil - Intelimotus / Intelipago

 
 Intelimotus - Pagamento Móvel / Mobile Payment

A Intelimotus anuncia que está lançando a Intelipago, uma solução de pagamento móvel intuitiva  e amigável, que se enviará as informações de pagamento para a “maquininha” de cartão de forma transparente e sem contato.
Intelipago - Pagamento por Aproximação
A estimativa da Intelimotus (www.intelimotus.com.br) é de que a nova companhia alcance 10% do Mercado de pagamentos móveis (presenciais e não presenciais) até 2018, essa é a primeira empresa do gênero criada por bancos na América do Sul.

Para 2016, a estimativa é de que a Intelimotus atinja 1 milhão de usuários.

A Intelimotus vai oferecer, no segundo semestre de 2014, os seus serviços móveis para todos os estabelecimentos e consumidores, aceitando diversos meios de pagamentos, inclusive cartões de crédito, débito e pré-pagos emitidos no Brasil.

Para lojistas, vai atuar como um aplicativo móvel (iOS ou Android) que os conectará aos facilitadores de meios de pagamentos no comércio eletrônico.

Para o consumidor final, vai oferecer uma alternativa ao plastico do cartão de crédito, necessitando estes apenas de seus smartphones iOS ou Android, que, ao serem aproximados das "maquinhas de cartão" (POS) serão reconhecidos automaticamente como se fosse cartões propriamente ditos.