segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Social Commerce: As Redes Sociais gerando negócios para o Varejo Online

Em meio ao boom das Redes Sociais e o crescente número de adeptos ao Comércio Eletrônico, surge o Comércio Social, também conhecido como s-Commerce: uma nova perspectiva do e-Commerce, que busca transformar as Redes Sociais em negócios rentáveis e o famoso “boca a boca” destas Comunidades Virtuais em geração efetiva de vendas na Web.

Enquanto as Mídias Sociais atestam cada vez mais seu poder de inovação, como no caso da ação whopper sacrifice do Burger King no Facebook, por exemplo, grande parte das operações de e-Commerce atuais ainda são baseadas na venda por catálogo adaptadas ao meio digital com pouco ou nenhum diferencial.

Social CommerceAo relacionarmos as Mídias Sociais ao processo de compra online podemos perceber que elas vêm alterando a cara do Comércio Eletrônico há algum tempo, pois, por meio delas, os usuários trocam informações e experiências, influenciando a decisão de compra de seus pares, em suas tribos digitais.

Com o crescimento do Comércio Eletrônico, o mercado passa a conhecer novas necessidades, bem como novas possibilidades de transformação nos modelos de e-Commerce existentes. O Comércio Social surge como uma nova dimensão do e-Commerce: a união de alguns conceitos de Redes Sociais às compras na web, onde todas – ou parte – das etapas do processo de compra realizadas pelo consumidor são compartilhadas com seus contatos das Redes Sociais.

O s-Commerce utiliza as conexões sociais das pessoas para divulgação de marcas. Os internautas podem compartilhar preferências com seus amigos, e estes, por sua vez, repassar a outros, construindo assim um Ciclo Virtuoso de Divulgação, o tão almejado de boca a boca online. Muitos analistas indicam que esse será o próximo boom do Varejo Online, onde não serão mais os portais que venderão seus produtos, mas os próprios consumidores que já compraram é quem vão indicar o produto às suas redes de contatos. As marcas precisarão apenas ceder ou participar de um ambiente propício a tal modelo de relacionamento.

Esse comportamento dos usuários nas Redes Sociais já é percebido na web colaborativa. O próximo passo será utilizar esta ferramenta a favor do fomento do Varejo Online, aliando o Conteúdo Colaborativo às Vendas Online e facilitando o acesso a informações sobre tendências de compras, que contribuem, por exemplo, para o alerta sobre o surgimento de novos nichos de mercado.

Além disso, o Comércio Social se utiliza da credibilidade dos usuários para obter maior sucesso. Acredita-se que 80% da influência exercida nos consumidores vêm de outras pessoas, enquanto que apenas 20%, das marcas (conceito 80/20). Dessa forma, as marcas podem se utilizar da credibilidade dos próprios consumidores para divulgação dos seus produtos.

Unir comércio, comunidade colaborativa e conteúdo em uma mesma plataforma digital de negócios é o diferencial do Comércio Social. O foco não é vender de qualquer forma e sim criar um relacionamento mais íntimo com os consumidores para conhecer melhor suas preferências e anseios e só então oferecer o produto certo, na hora certa, sendo eles convidados por amigos de sua Rede Social e não compelidos à compra.

Toy Story 3 no Facebook

A Disney, com suporte técnico da empresa de ingressos Fandango, criou um aplicativo, o “Disney Tickets Together”, que permitiu os usuários do Facebook comprar ingressos para o filme Toy Story 3 sem que o internauta precisasse ser redirecionado para um site de e-Commerce.

Ao comprar o ingresso pelo Facebook, uma mensagem era enviada aos amigos do usuário na Rede Social. Além disso, uma janela permitia ao consumidor escolher para quais contatos desejava enviar um convite especial, para que comprassem ingressos conjutamente (e assistirem juntos a mesma sessão do filme).

Social Commerce 2

No dia 26 de maio desse ano, a Disney lançou o aplicativo com um post na página oficial do Toy Story 3 na Rede Social, que conta com 732 mil seguidores. Até então, os ingressos ainda não estavam disponíveis à venda nos cinemas (a venda nas bilheterias só começaria no dia 18 de junho).

O projeto partiu do princípio de que as pessoas não costumam ir ao cinema sozinhas. Com essa iniciativa, a Disney buscava modificar a maneira tradicional de vendas de ingressos, se utilizando da força das Redes Sociais. Segundo Oliver Luckett, vice-presidente sênior da DigiSynd (subsidiária da Disney que gerencia a presença em Mídias Sociais), “a idéia principal é que nenhum amigo fique para trás”. Aí está uma das principais forças motoras do Comércio Social: as pessoas precisam se sentir conectadas às outras nas situações de compra. Nos Estados Unidos, cerca de 20% dos ingressos de cinema são vendidos online. A diferença no case do Toy Story foi a utilização dos conceitos das Redes Sociais, o que alavancou as vendas de ingressos.

Segundo a Disney, os resultados da campanha comprovam a força que o Comércio Social, pois os internautas compraram ingressos para sessões em grupos de até 80 pessoas. Devido ao grande êxito da ação, a empresa está analisando a possibilidade de estender o projeto para outros filmes.

O fato do s-Commerce se apropriar da credibilidade que os internautas têm na sua rede de contatos e de estimulá-los a divulgar voluntariamente as marcas/produtos, opinando e acrescentando conteúdo, faz com que o Comércio Social seja, sem dúvidas, uma tendência de postura das marcas nas Redes Sociais.

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