sexta-feira, 20 de junho de 2008

Surge nova Profissão na Internet: “Olheiro de Internet para monitorar as marcas de empresas”

Sou ouvinte assíduo da CBN e hoje, ao sintonizar o Dimenstein, deparei-me com uma nova profissão recém nascida no cerne da Economia Digital: “Olheiro de Internet para Empresas”.

Segundo Dimenstein, a mais recente pesquisa do Ibope (IBOPE//NetRatings: Estudo sobre Redes Sociais) informou que, em nosso país, aproximandamente 19 milhões de pessoas navegam em sites ligados as mídias sociais, ou seja, redes sociais e blogs.

Ainda, segundo a pesquisa, 94% das pessoas que visitam sites de montadoras de automóveis, também freqüentam portais de comunidades, a fim de acessar a opinião de outras pessoas, que já vivenciaram uma experiência com a marca desejada. Assim, ao extrapolarmos a análise do Ibope, chegamos à conclusão de que “grande parte” dos consumidores de produtos sofisticados navegam em Blogs, Orkut, Limão, LinkedIn, Tuangr, entre outros, para conhecerem melhor os produtos a serem adquiridos.

A conclusão dessa pesquisa é que a mídia social na Internet tornou-se tão influente na formação de opinião dos consumidores modernos que detem hoje a capacidade de causar danos irreparáveis a marcas até então ditos "intocáveis".

Dado este titânico poder auferido pelas comunidades na Internet, o mercado viu-se obrigado a criar uma nova carreira ligada a Internet, um profissional responsável por avaliar como as redes sociais, blogs e demais canais de mídia social e digital que estão abordando os assuntos ligados às empresas onde trabalham. E, sempre que possível, fazer o papel de advogado destas marcas.

O poder do “marketing viral” (técnica de divulgação de uma determinada informação, explorando as ferramentas de Internet a fim de produzir aumentos exponenciais em sua repercussão) não é novidade na Web. Atualmente, nos deparamos com estratégias de marketing viral em nosso dia-a-dia, via e-mail, via SMS e nas redes sociais. Todavia, a comunidade em rede, interligada pela Internet, já vivencia a facilidade de propagação de verdades e mentiras desde o seu início.

Um exemplo clássico do poder das comunidades da Internet na construção ou destruição de uma marca ocorreu há 14 anos, quando foi descoberta uma falha no algoritmo de multiplicação em ponto flutuante no recém lançado Intel Pentium. Segundo a Intel, tratava-se de um erro muito raro (ocorrendo apenas uma vez em cada 27.000 anos). Porém, após um enorme clamor da comunidade Internet em prol de uma solução imediata, a IBM realizou um estudo comprovando que a possibilidade do erro ocorrer era de uma vez a cada 24 dias e ameaçou de retirar do mercado todos os computadores IBM com os processadores Pentium. Este epsódio obrigou a Intel a trocar seus processadores, gerando um prejuízo de mais de U$ 450 milhões para a empresa.

Assim, que venham os novos “Olheiros de Internet”!


Ouça esta entrevista com o Dimenstein diretamente da CBN:


domingo, 8 de junho de 2008

Dilbert and the Internet Buzzwords

Ainda bem que não estamos mais em 1.999... Época da "exuberância irracional" de Greenspan, que culminou no "Estouro da Bolha das .com" ...

Alguns diziam que era um “milagre econômico”, e vários acreditavam nisso...

Para Alan Greenspan, no entanto, tudo não passava de uma “Exuberância Irracional”. E em 2.000, a Bolha finalmente explodiu, evaporando, em menos de 30 meses, um montante superior a 07 Trilhões de dólares. A fim de entendermos a dimensão da cifra, esse valor correspondia, à época, ao PIB de todos os países da União Européia.

(08 anos se passaram...)

E, graças ao bom desempenho da economia mundial nestes últimos 08 anos, à volta da sensatez ao cenário da economia digital e, finalmente, ao advento da Web2.0, a Internet continua crescendo em todo o mundo.

Segue um pequeno resumo do panorama atual:

  • No Brasil, o e-commerce cresce ao ritmo anual de +/- 50%.
  • Continuamos a ver empresas migrarem em massa para a Economia Digital.
  • Desde 2.002, as transações financeiras via Web superam as realizadas nas agências.
  • Aquisições bilionárias continuam a ocorrer: Skype, Youtube, DoubleClick e, quem sabe, a Yahoo!...

O Futuro do Papel Digital: Fino, flexível e de baixo consumo de energia. Prepare-se, pois o Papel Digital vem aí!

Desde o surgimento dos microcomputadores, do conceito do “paperless Office” e a chegada da Internet, a morte do papel impresso era tida como uma questão de tempo. Porém, mais de 20 anos se passaram e a “profecia” ainda não se cumpriu.

Os últimos desenvolvimentos da tecnologia digital criaram o papel digital, e-paper ou apenas EPD (Electronic Paper Display). Trata-se de uma mídia LCD, fina e maleável, sem fio, que, por meio da conexão com a Internet, permite a leitura de documentos de forma similar ao papel impresso, com baixo consumo de energia e re-usabilidade ilimitada.

É importante observar que, em novembro de 2007, o início do fim da hegemonia absoluta do papel foi dado pelo lançamento do Kindle, da Amazon. Este dispositivo possibilita a leitura de livros digitais (e-books) e se iguala a outros aparelhos revolucionários tais como o iPhone da Apple em sua usabilidade e facilidade. Observe-se que, a compra de livros e periódicos é feita sem a necessidade de uso do PC, alavancando, definitivamente, o comércio eletrônico e o consumo desta modalidade de conteúdo digital.

A tecnologia EPD é aguardada pelo mercado há muito tempo. Além disso, o conceito do papel digital ou e-paper, ou seja, um display de dados com aparência e usabilidade do papel existe há décadas. Na prática, no entanto, apenas agora, produtos como o Kindle, finalmente estão conseguindo trazer à tona esta tecnologia ao igualar o contraste e a resolução oferecidos pela impressão tradicional em papel.

Por meio do Kindle, a Amazon transformou, da noite para o dia, o então desajeitado “e-book reader” em um sucesso mundial de vendas, com mais de 125.000 títulos disponíveis. Neste novo cenário, o aumento avassalador no interesse pelo papel digital (EPD) por parte do resto do mercado ocorreu naturalmente.

Dado o primeiro passo para a aceitação do papel digital pelo mercado de massa, não será a falta de interesse econômico que inviabilizará sua rápida evolução, pois se o papel digital ampliar sua participação de mercado dos atuais 0,1% para algo em torno de 3% a 4%, o EPD estará gerando um faturamento da ordem de US$ 400 bilhões
anuais.

Assim, esteja certo de que dentro em breve o seu próximo livro ou jornal poderá ser uma versão “e”... Pois a “profecia da morte do papel impresso” está prestes a se materializar.

“BUSINESS TO GROUPS”: Uma nova oportunidade de negócios?

Uma recente novidade no comércio eletrônico é o conceito de Rede Social de Compras na Web.

Basicamente, esta abordagem representa a evolução do antigo conceito de Clube de Compras, grupo de pessoas que se reúnem para comprar mais barato, devido ao ganho de escala. Pode-se citar como exemplo as cooperativas de compras criadas por diversos segmentos de mercado.

O fundamento das Redes Sociais de Compras está na implementação de processos de compra cooperativos, baseados na colaboração dos participantes e na inteligência coletiva.

Em sua releitura para a Internet, o modelo do Clube de Compras foi adaptado para tirar proveito das ferramentas da Web2.0 e do sucesso auferido pelas Redes Sociais na Web, como Orkut, MySpace, LinkedIn e Limão, entre outros.

Assim, esse novo formato de negócios eletrônicos, baseado no paradigma do “Business to Groups” ou “Social Buying”, cria um ambiente onde as pessoas podem se juntar para comprar melhor. Estas novas Redes de Relacionamentos permitem a criação de grupos para realização de compras com preços especiais, possibilitando aos usuários compartilhar ofertas exclusivas com seus amigos. Assim, quanto mais amigos se juntarem em um grupo de compras, melhores serão os preços disponíveis.

Como todos sabem, o conceito de Redes Sociais é extremamente popular no Brasil. Uma prova disso é a enorme audiência que o Orkut e o Limão atingiram em nosso país. Desse modo, as Redes Sociais de Compras não demorariam a estabelecerem-se aqui, a fim de aproveitarem esta característica da Internet brasileira e tentarem transformar nossas 22h47m de tempo de navegação média individual em negócios efetivos.

O principal exemplo brasileiro de portal “Business to Groups” é o Tuangr (também temos o Compra3), que ainda permite a criação de Grupos de Apostas para concorrer aos prêmios das loterias oficiais da Caixa Econômica Federal.

Esse novo modelo ainda não deslanchou no país, mas é uma nova aposta de geração de negócios na Internet.

Argentina sedia reunião do Sub-Grupo de Trabalho No. 13 do Mercosul "SGT-13"

Nos dias 27 e 28 de maio, no Palácio San Martín, em Buenos Aires, ocorreu o encontro do Sub-Grupo de Trabalho no. 13 - “SGT-13” do Mercosul, que discute o tema do Comércio Eletrônico na região. Neste evento, a pauta principal discorre sobre o investimento de 9,6 milhões de euros efetuados pela União Européia para o fomento ao Comércio Eletrônico e à Integração das Infra-estruturas de Chaves Públicas (ICPs) do bloco sul-americano.

Este encontro oficializou o acordo assinado em 07 de fevereiro de 2008, entre a União Européia e o Mercosul. Esse acordo contempla o financiamento para a execução do projeto de Apoio à Sociedade da Informação, com o objetivo de fomentar a promoção de políticas e estratégias de TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) comuns nesses países, reduzindo o impacto das assimetrias digitais e de TICs como um todo.

Além dos representantes do Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela, que também compõem o SGT 13, estiveram reunidos o Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, Renato Martini, o Assessor do Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT e também representante do Governo Brasileiro no SGT-13, Rogério Vianna, a Assessora do Ministério das Comunicações - MC, Rose Mary Antunes, o Assessor do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio - MDIC, Rafael Henrique Rodrigues Moreira, o Representante da Embaixada Brasileira na Argentina, Ronaldo Amaral, e o Coordenador Nacional do Projeto, representando o Brasil, Gerson Rolim - Diretor Executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – camara-e.net.

O encontro representou importante passo para o início de um conjunto ambicioso de atividades que aproximará o bloco composto pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, promovendo o desenvolvimento de projetos tecnológicos integrados em três áreas prioritárias:

- Marcos Regulatórios comuns que tratem de temas como validade jurídica de documentos eletrônicos digitalmente assinados, spam, fraudes, proteção de dados pessoais, entre outros;
- Certificação Digital para produção de padrões e recomendações para toda a região, tornando as Infra-estruturas de Chaves Públicas (ICPs) plenamente interoperáveis;
- Comércio Eletrônico com previsão de desenvolvimento de padrões que possibilitem a universalização da prestação de serviços, bem como o desenvolvimento de estudos que apontem as melhores práticas para a área, considerando a proteção ao consumidor, oportunidades e canais de exportação, mercados potenciais, câmaras de arbitragem, entre outras iniciativas.

Durante o encontro, foram indicados pelo ITI e pelo MCT e aprovados pelo SGT 13, a Rede Nacional de Pesquisa – RNP como entidade gestora e Gerson Rolim, diretor executivo da camara-e.net, como Coordenador Nacional do Projeto, por parte do Brasil.

Convergência Digital, chegou a hora do "m" e do "t" do Comércio Eletrônico

No último mês de abril atingimos o recorde de 127,7 milhões de celulares, o que rendeu ao Brasil a atual densidade de 66,84 celulares para cada 100 habitantes. Este sensível crescimento da densidade é resultado do retorno da aceleração do ritmo de crescimento do celular no Brasil em 2007 com adições líquidas de 21 milhões de linhas, segundo o portal Teleco. Números que beneficiam o posicionamento das plataformas móveis no cenário da inclusão digital, pois, segundo o IBGE (PNAD - 2005), apenas 21% da população já acessou a Internet por meio de um PC, enquanto 36,7% dos brasileiros possuem celulares. Segundo o NIC.br (TIC Domicílios 07) atingimos 44,9 milhões de usuários de Internet em 2007. Por fim, segundo a Febraban, o número de usuários de Internet Banking também voltou a crescer chegando a 29,8 milhões, um acréscimo de 9,2% em relação à 2006.

Em dezembro de 2007, iniciamos a transmissão dos primeiros sinais de TV Digital, projeto com meta de atingir a ubiqüidade até 2016. Vale lembrar que a TV está presente em 97,1% dos lares brasileiros, enquanto os PCs se encontram em apenas 25% deles. Assim, fica claro que será a convergência entre o celular, a TV e a Internet, que fará toda a diferença na inclusão digital massiva em nosso país. Já começamos a vivenciar esta situação com a popularização dos equipamentos de entretenimento portátil com o boom das vendas de tocadores de MP3, câmeras fotográficas, smartphones e laptops de alta performance e capacidade de comunicação em banda larga WiFi (sem fio).

Um exemplo da avidez do ser humano pela convergência digital é o sucesso do iPhone de Jobs, um smartphone com interface revolucionária, que funde o iPod ao celular. Ao permitir acesso a conteúdos diversificados e sofisticados (música, filmes, TV, etc) dispositivos como esse fomentam o comércio de conteúdo, produtos e serviços via celular, o m-commerce. Os novos smartphones viabilizam, por fim, acesso irrestrito às redes WiFi, possibilitando inclusive a realização de chamadas VoIP no celular utilizando-se por exemplo do “m-Skype”, desconstruindo definitivamente os serviços de voz, como são conhecidos até o momento.

Por outro lado, nossos telões domésticos de alta definição iniciam a caminhada para tornarem-se janelas de acesso às cenas e imagens vindas de todos os rincões do planeta, “linkando-nos” a provedores de conteúdo sob demanda, a rádios digitais de alcance mundial, a hiper-informação online (jornais, revistas e TV - aberta ou por assinatura), a bancos, a lojas virtuais e a todas as demais formas de comércio eletrônico.

Desta forma, com o lançamento da TV Digital no país, esperamos ver aflorar os conceitos de t-banking (acesso a bancos via TV) e t-commerce (compras pela TV), quando poderemos adquirir o vestido de uma personagem da novela das oito com um simples clique do mouse em nossa TV. Assim, o caminho da convergência está desenhado. Todavia, se a TV Digital brasileira não conseguir se posicionar como a principal ferramenta desta transformação, certamente será substituída pela IPTV (TV via Internet), ficando como coadjuvante no cenário da convergência entre a TV e o PC para o acesso à Internet.

Finalmente, a adesão em massa a estas novas plataformas depende fundamentalmente de seus custos finais. Neste caso, concordamos com o Ministro das Comunicações, ao afirmar que precisamos de celulares mais baratos no Brasil, assim como de serviços de banda larga mais baratos. Para tanto, basta nos espelharmos no que foi feito no caso dos PCs, quando desonerou-se a sua carga tributária, ampliando-se imediatamente o acesso aos computadores no país. Vale ressaltar que esta decisão assertiva de nosso Governo deve levar o Brasil ao terceiro lugar no ranking dos maiores mercados mundiais de PCs até 2010. Em tempo, a arrecadação tributária total também tem sido aumentada, devido ao aumento expressivo das vendas de PCs.

Ciclo MPE.net - Micro e Pequenas Empresas na Economia Digital

Estimular, ampliar, viabilizar e difundir conhecimentos sobre o comércio eletrônico é o objetivo do Ciclo MPE.net – Ciclo de Seminários de Comércio Eletrônico.

Organizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), com patrocínio dos Correios e de várias empresas parceiras significativas no mercado: Banco do Brasil, Google, Intel, Locaweb, Microsoft, Sebrae, UOL, VeriSign e VisaNet, o Ciclo MPE.net, em sua 5ª edição, promoverá a inclusão de micro e pequenas empresas na Economia Digital.

O Ciclo MPE.net contempla a realização de apresentações focadas no provimento viável do acesso ao comércio eletrônico. Além dos temas sobre tecnologia, meios de pagamento, software, hardware, banda larga e financiamento que ocorrerão no período da manhã, oficinas práticas em laboratórios completarão a programação no período da tarde.

O grande diferencial do Ciclo MPE.net nesse ano é o Kit de Inclusão Digital que permite aos participantes, e demais micro e pequenas empresas, adquirirem o ferramental necessário para a inclusão na Economia Digital, a preços mais acessíveis e de forma financiada.

Assim, o Ciclo MPE.net mostrará, efetivamente, como é possível e barato transformar os negócios tradicionais em digitais com a utilização adequada da tecnologia.

O primeiro seminário acontece no dia 13 de maio, em São Paulo, e será transmitido ao vivo, pelo iG Empresas, por meio de um link no portal do evento. Na seqüência serão realizados seminários em Bauru, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Londrina, Vitória, Campinas, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. As inscrições são gratuitas e as informações podem ser acessadas pelo site: www.ciclo-mpe.net.

“Esse ano, o Ciclo MPE.net espera participação recorde de empresários em relação às edições anteriores. O consumo pela Internet vem aumentando de forma consistente no Brasil nos últimos anos, crescendo, em média, 50% ao ano. Para 2008 estimativas apontam um faturamento total do varejo online em quase R$ 10 bilhões. É importante que as empresas aproveitem esse crescimento e se destaquem no mercado. Acreditamos que a camara-e.net e seus parceiros farão uma contribuição decisiva para o crescimento da Economia Digital do País”, afirma Gerson Rolim – diretor executivo da camara-e.net.

camara-e.net patrocina o lançamento do Diário de Justiça Eleitoral Eletrônico - TSE

Com a assinatura digital do diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura, foi instituída em 17 de abril de 2008 a publicação dos atos judiciais, administrativos e de comunicação em geral da Corte, no "Diário de Justiça Eletrônico", que poderá ser acessado em tempo real na página principal do TSE na Internet (www.tse.gov.br). Ou seja, no momento em que é publicado, o Diário de Justiça Eleitoral pode ser lido por qualquer pessoa que tenha acesso à Internet.

A publicação do dia-a-dia do TSE em formato eletrônico foi determinada pelo presidente da Corte, ministro Marco Aurélio, na Portaria nº 218, de 16 de abril de 2008, e deverá estar totalmente implantada até o dia 15 de agosto deste ano, quando o Diário, em sua parte eleitoral, não mais será publicado de forma impressa.

De acordo com Athayde Fontoura, a publicação eletrônica é um passo muito grande da Justiça Eleitoral, pois num país com dimensões continentais como é o Brasil, o diário impresso pode demorar até cinco dias para chegar nas localidades mais remotas. "Agora, essas localidades, com o acesso à Internet, poderão contar com a leitura do diário no momento de sua publicação. Assim, os cartórios eleitorais, os diretórios de partidos políticos, advogados e a população em geral terão acesso mais rápido às decisões que lhes interessam", destacou. Na avaliação do diretor-geral, o universo de leitores do diário eletrônico deverá se expandir, devido à facilidade de acesso proporcionada pela Internet.

Para a concretização do “Diário de Justiça Eletrônico”, o Tribunal Superior Eleitoral contou com a colaboração da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico – camara-e.net, responsável pela doação dos Certificados Digitais , que viabilizaram o projeto. A camara-e.net possui um longo histórico de auxílio ao poder público brasileiro na busca da desmaterialização de processos e informatização dos serviços públicos. Podem ser citadas as parcerias com o TCU, TRT-2ª Região, ALESP, entre outras entidades governamentais.

Este projeto está em conformidade com a Lei 11.419/2006, que estabelece o processo eletrônico no âmbito do Poder Judiciário. Na cerimônia de lançamento, o diretor-geral do TSE lembrou que estamos num processo de crescente evolução, primeiramente com a eliminação do papel na impressão do voto, quando a Justiça Eleitoral deixou de adquirir milhões de cédulas, com a economia de toneladas de papel, e agora com o fim da impressão do Diário de Justiça em sua parte Eleitoral. “Com isso, ganha a sociedade, ganha a democracia, ganha o meio-ambiente proporcionando maior qualidade de vida e maior transparência aos atos da Justiça Eleitoral brasileira”, finalizou Athayde Fontoura.

O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra, acredita que a informação torna-se acessível e democrática quando a colocamos na Internet, onde qualquer cidadão com acesso à rede mundial de computadores tem pode dispor dos dados em tempo real. Giuseppe Dutra destacou que dessa forma “a informação se torna muito mais precisa, muito mais célere e democrática, sem custo para aquele que a busca. Assim a contribuição que esse serviço dá ao cidadão é de extrema relevância”.

Fonte: Centro de Divulgação da Justiça Eleitoral – TSE – Notícia publicada em 17/04/2008

Pré-evento em São Paulo é uma das grandes novidades do 6º CertForum

O evento também mostrará benefícios trazidos com a implementação da Certificação Digital e diversos novos casos de sucesso na esfera pública e na iniciativa privada.

Com a participação de 70 representantes de empresas e órgãos públicos interessados na disseminação da certificação digital no país, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) realizaram quarta-feira (23/04), no hotel Renaissance, em São Paulo, o Café da Manhã de Lançamento da 6ª edição do CERTFORUM (Fórum de Certificação Digital), que acontecerá em São Paulo na primeira quinzena de agosto e em Brasília nos dias 04, 05 e 06 de novembro. Na ocasião foi apresentada a nova proposta de grade, composta por: Painéis sobre casos de sucesso; Mesas de Debates acerca de temas ainda em discussão no âmbito do marco regulatório do setor (p.e.: identidade eletrônica); Palestras Específicas segmentadas para: cartórios, corretores de seguro, contadores e médicos, entre outros setores; além dos já consagrados Mini-Cursos.

Segundo explanações dos organizadores do evento durante o café de lançamento, os temas centrais do 6º CertForum serão os recentes casos de sucesso sobre a adoção da Certificação Digital pelos mais diversos segmentos e tamanhos de empresas e órgãos públicos. Desta forma, as palestras discutirão sobre vários assuntos, tais como Sistemas de Workflow/BPM, Comércio Eletrônico e Contratos Digitais, entre outros.

No panorama do setor tributário, por exemplo, serão apresentados os balanços do primeiro ano do uso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que substitui o processo de emissão de livros contábeis pela versão eletrônica. Também serão explicadas as vantagens para as pequenas e médias empresas geradas pela utilização da Certificação Digital.

Outro destaque do Fórum será o pré-evento em São Paulo, aproximando os produtores de soluções de Certificação Digital de seus consumidores.

“A camara-e.net tem como estratégia o fomento da prestação de serviços públicos on-line, pois esta será a maneira mais rápida de capacitar a sociedade para a utilização da Internet de forma segura. Por isso, a demonstração destes casos práticos de sucesso de vários setores da economia no 6º CertForum será fundamental para que os demais segmentos sigam o exemplo”, afirma o presidente da camara-e.net, Manuel Matos.

Por fim, "a expansão do tema para os conceitos de gerenciamento do ciclo de vida do documento eletrônico e da desmaterialização de processos complementarão o grande sucesso dessa versão do evento", conforme comentado por Renato Martini, diretor-presidente do ITI.

Lançamento do 6° CertForum reúne empresários em São Paulo

O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) promovem na próxima quarta-feira (23/04), em São Paulo, o Lançamento do 6° Certforum – Fórum de Certificação Digital. Na pauta está a apresentação do sítio e o novo formato do evento. Esse ano além dos painéis com a apresentação dos casos de sucesso, haverá mesas de debates para temas ainda não consensuais e mini-eventos específicos para segmentos, como contadores e médicos.

Outra novidade é o pré-evento em São Paulo, com data prevista para agosto. Essa prévia será uma forma de aproximação entre quem produz soluções para a área e quem adquire. Para o diretor-presidente do ITI, Renato Martini, as mudanças no evento são reflexo do crescimento da adoção dessa ferramenta de segurança pelos vários segmentos da sociedade. O Certforum de Brasília está marcado para os dias 4, 5 e 6 de novembro desse ano.

Esse primeiro encontro é voltado para apresentar o evento à iniciativa privada do país. Estarão presentes: o diretor-presidente do ITI, Renato Martini, o diretor de Infra-Estrutura de Chaves Públicas, Maurício Coelho, o presidente da camara-e.net, Manuel Matos, o gerente de certificação digital da Serasa, Igor Rocha, o presidente do Conselho da Certisign, Sérgio Kulikovsky e o diretor executivo da camara-e.net, Gerson Rolim.

Onde e como conseguir meu Certificado Digital?

 
IMG_0094 Recentemente li um artigo que levantou diversas dúvidas sobre Certificação Digital. Assim, senti a necessidade de esclarecer algumas questões relevantes sobre este tema.
Acredito que 2008 será um ano de sublime importância para a Certificação Digital no Brasil. Basta verificarmos o sucesso do rollout das Leis 11.280/06 e 11.419/06, contribuindo para um grande salto quântico na informatização do Poder Judiciário brasileiro, para visualizarmos um excelente cenário pela frente. Graças a esta dimensão do marco regulatório da Economia Digital, desde o ano passado, tornou-se uma realidade o acompanhamento de processos judiciais via Internet com autenticação dos advogados e demais atores por meio de seus certificados digitais.
Além do Judiciário, a Receita Federal do Brasil também revolucionou-se novamente ao exigir a entrega da declaração de IRPJs, lucro real, via Internet com certificação digital. Por fim, certamente a massificação da NFe fará toda a diferença no cenário fiscal deste ano e dos demais.

Temos, além disso, outras boas notícias nesta arena, como a evolução do cenário da “rede de varejo” necessária para o sucesso massivo da Certificação Digital, pois o mundo cartorial (Registradores e Notários) adentrou na ICP-Brasil, que passa a emitir certificados digitais. Além da importância conceitual para a desmaterialização de documentos representada pelo lançamento da AC BR e da AC Notarial, por serem os grandes repositórios de papéis em nosso país, as suas redes de pontos de atendimento, compostas pelos 20.000 cartórios de registros e notas, certamente responderão à pergunta sobre “onde se encontra a AR mais próxima de meu bairro?”.
 
Como a Leitora de Smart Card é entregue juntamente com o Certificado Digital (além do Smart Card propriamente dito), podemos dizer que basta acessar o site da ICP-Brasil (www.icpbrasil.gov.br) para conhecermos a lista das diversas ACs onde poderemos adquirir via Internet o pacote completo.
Finalmente, acho que uma vez iniciada a consolidação do documento eletrônico em nosso país, a indústria volta-se agora para o tema Assinatura Digital, focando-se no desenvolvimento de suas normas e padrões.

A camara-e.net acredita que a consolidação da Certificação Digital no Brasil contribuirá, de forma fundamental, na desmaterialização de processos, na redução da burocracia e no aumento do comércio eletrônico. Diversos de nossos associados atuam neste cenário em nosso país, tais como:
  • Autoridades Certificadoras (ACs): AC BR, AC Caixa, Certisign, Imprensa Oficial de SP, AC Notarial, AC-RS, Serasa e AC Sincor;
  • Autoridades de Registro (ARs): AR-Arpen, AR-Arisp, Correios, Bradesco e Banrisul;
  • Carimbo de Tempo: ACT BR, ACT Notarial, BRy e Comprova;
  • Desenvolvedores de Software: Argon, BRy, Escriba, Qualisoft, Siplan, Siscart e Softplan;
  • Empresas de Software e Hardware: Adobe, Microsoft, Nokia, Safenet, TrueAccess, TServices e Verisign;
  • Fabricantes de Leituras de SmartCard: Perto;
  • Fabricantes de SmartCard: Gemalto e GD Burt.

Banda Larga Móvel – A chegada da WEB 2.0² aos celulares 3G

A combinação do poder da Mobilidade à inovação e interatividade da Internet revolucionará a forma como acessamos a informação, criando o que começa a ser chamado de Web 2.0².

A Web 2.0² consubstancia-se na convergência da Web 2.0 com a Banda Larga sem fio de terceira geração (3G), revolucionando a forma de geração e consumo de conteúdo digital (fotos, música, vídeo e TV móveis). Os primeiros resultados dessa nova dimensão da Internet materializam-se no surgimento de novos formatos e modelos de negócio, que estão rompendo paradigmas devido à entrada do Conteúdo Gerado por Usuários e das Redes de Relacionamento Digital no cenário móvel.

O impacto da introdução dos serviços 3G permeará tanto o entretenimento pessoal móvel, quanto o ambiente de negócios. No trabalho, veremos o aprimoramento e a alavancagem de aplicações de negócio móveis permitindo, por exemplo, o acesso wireless completo e amigável a toda a suíte de automação de escritório corporativa, expandindo os conceitos de mobile Office e home Office, viabilizando novos ambientes de trabalho como o “car Office”, o “airport Office”, o “beach Office”, ou seja, a ubiqüidade do acesso ao ferramental corporativo.

No que tange ao entretenimento, a Web 2.0² ampliará, por exemplo, os Serviços de Redes de Relacionamento, permitindo a completa interatividade na publicação dos mais variados tipos de Conteúdo Móvel Gerado por Usuários (vídeos no YouTube, perfis pessoais no Orkut, fotos no Flickr, Blogs pessoais móveis, etc.).

Por fim, os serviços celulares de terceira geração protagonizam o último capítulo da convergência da fotografia e filmagem digital aos celulares, tornando possível o envio de vídeos a partir dos locais dos acontecimentos, proporcionando, ainda, as vídeo-conferências (transmissão de áudio e vídeo em tempo real pelo celular), os vídeos sob demanda, o vídeomail e a IPTV.

Essa interatividade exuberante e abundância de conteúdo, todavia, terá um preço. Porém, desta vez, aparentemente o valor não será completamente debitado na conta do consumidor final, pois a banda larga móvel tem como premissa o surgimento de novas parcerias e a entrada de novos players, de peso, re-equilibrando as forças no cenário de Telecom.

Desta forma, a Web 2.0² contribui para o surgimento de novos ecossistemas empresariais, onde atuarão gigantes da mídia tradicional, como Warner Bros, Disney e Sony e líderes da Internet, como Google, Apple e Yahoo!. Nestes ecossistemas, onde a Agregação de Conteúdo e a prestação de Serviços de Valor Agregado é o “nome de jogo”, quem ganha é o consumidor final.

Hoje, a Oi levanta a louvável bandeira do “Não ao Bloqueio de Celulares”. Amanhã, provavelmente levantaremos a bandeira do “Não ao Revenue Sharing de Conteúdo Móvel”, desmontando os atuais walled gardens. Assim, os geradores de conteúdo aumentarão seu faturamento e, certamente, o preço final será diminuído, também beneficiando o consumidor final. O desmonte dos walled gardens permitirá ainda o acesso de micro e pequenos geradores de conteúdo no cenário móvel, atualmente dominado pelas grandes marcas.

Entretenimento Digital - O Blu-Ray ganhou, mas o download de vídeos é quem leva!

Indiscutivelmente, a maior vítima da guerra entre as tecnologias Blu-Ray e HD-DVD é o consumidor final, que se encontra perdido, esperando há 3 anos pelo padrão de conteúdo de alta definição (high definition - HD) a ser adquirido.

Aparentemente, a guerra chegou ao seu fim, pois a Toshiba, mentora do HD-DVD, jogou a toalha na semana passada (19/fev/08), após a opção da Netflix, da Best Buy e da Warner Bros. pela tecnologia adversária, deixando órfãos os 1 milhão de consumidores que adquiriram o HD-DVD até o momento. O que, de certa forma, traz um alento para os aproximadamente 13,7 milhões de usuários do Blu-Ray, da Sony. Vale lembrar que esta grande diferença está no fato de que 85% das vendas de players Blu-Ray ocorreram devido às vendas do PlayStation 3. Além disso, se compararmos o cenário de venda e aluguel de títulos (conteúdos em HD) verificamos uma pequena liderança do Blu-Ray ante o HD-DVD.

Fato, contudo, é o que está por vir, ou seja, no longo prazo, nem Blu-Ray, nem HD-DVD sairão vencedores, pois o mercado claramente sinaliza a tendência de massificação do Download e Streaming de filmes via Internet (representado pelo VoD – Video on Demand, sigla mais usada para o aluguel de filmes e o EST – Electronic Sell Thru, ou venda de filmes pela Internet), atualmente provido por players como Netflix, CinemaNow, Movielink e, no Brasil, pela eonde.

Levando em consideração o tempo de absorção das novas tecnologias mais recentes, podemos dizer que o novo padrão levaria em torno de 2 anos para se consolidar no mercado, dados os fatores de seu alto preço e a atual conveniência de seu antecessor – o DVD. Por outro lado, acredita-se que o download de filmes estará plenamente estabelecido em nosso dia-a-dia nos próximos 3 anos. Assim, a janela de oportunidade de mercado do Blue-Ray é diminuta. Situação agravada ainda pela absoluta carência de títulos para aluguel e compra, tanto em Blu-Ray, como em HD-DVD.

Reforçando a tendência de hegemonia do conteúdo pureplay (puramente digital) e enfatizando que no caso do Blu-Ray a máxima “victoria quæ sera tamen” definitivamente não se aplica, a infonetics Research preconiza que a IPTV contará com 69 milhões de assinantes mundialmente. Já, segundo o Merrill Lynch, em 2011 o VoD (Video on Demand) poderá gerar um faturamento de U$ 6 bilhões, apenas nos EUA, caso a taxa de compra mensal de filmes pelas família seja de 2,5 filmes. Esta estimativa leva em conta que o VoD será extremamente beneficiado com a nova estratégia de lançamento de títulos que traz a janela de publicação de conteúdo para o VoD para a mesma data (day and date) do home video (varejo tradicional de DVDs). Isto, sem falar do aumento de velocidade e redução de custos vivenciados na oferta de banda larga residencial, em todo o mundo. Fato claramente ilustrado pelo barômetro da Banda Larga da Cisco, no caso do Brasil.

A eonde (www.eonde.com), portal brasileiro atualmente com 10 mil assinantes em todos os estados do país, e com um acervo de filmes, seriados de TV e games contando com mais de 5 mil títulos de estúdios como a Warner Bros. e distribuidoras como a Continental, a Focus, a Trymedia e a PlanetSex, mostra que também no Brasil, esta batalha já está ganha pelos pureplay.

Todavia, o maior competidor do Blu-Ray, neste momento, é o atual grau de satisfação do consumidor com o DVD, que, muitas vezes, ainda é sub-utilizado, pois muitos dos aparelhos de TV ainda não conseguem exibir os conteúdos em 16:9 disponíveis há vários anos no mercado. Ou seja, o fator preço pesará fortemente na hora da decisão do ainda questionável upgrade. Principalmente, por que a maioria esmagadora de consumidores que ainda possuem aparelhos de TV de até 37 polegadas não conseguirá visualizar um ganho considerável de qualidade de imagem ao migrar para a alta definição (HD).

Mas nem tudo está perdido, pois estes novos padrões de mídia terão o seu lugar ao sol, uma vez que filmes de alta definição com mais de 2 horas de duração podem chegar a um espaço de armazenagem de até 25 Gb e seus arquivos certamente não serão arquivados definitivamente nos discos rígidos dos PCs, mas sim em mídias removíveis de alta capacidade como o HD-DVD e o Blu-Ray, que disputarão o mercado com outros meios como pendrives e iPods de última geração.

Os Smartphones finalmente ficaram smart

No mundo da tecnologia, as novidades, muitas vezes, são mais atraentes durante as chamadas dos comerciais do que no “momento da verdade”, quando as experimentamos na prática.

Essa é uma realidade inexorável no caso dos aparelhos ditos celulares inteligentes, ou smartphones. Neste caso em especial, a Apple acaba de lançar seu sabor de smartphone, ou iPhone, um celular com design elegante, ampla tela sensível ao toque, navegação amigável e reprodução de vídeos, músicas e fotos em alta definição.

Com interface multimídia, Wi-Fi e Bluetooth, o iPhone une o melhor do fenômeno iPod ao que há de mais moderno no que diz respeito à integração das funcionalidades de agenda, câmera digital, Internet, relógio, calculadora, plataforma portátil para games e e-books e telefone celular em um só corpo.

Dado o cenário acima, vale o questionamento: Será o iPhone apenas mais um gadget eletrônico a engordar a lista dos modismos tecnológicos? A resposta é um sonoro NÃO. Este aparelho é, de fato, um divisor de águas na direção da convergência absoluta das tecnologias móveis. Mesmo não apresentando a maior lista de funcionalidades do mercado, pois não traz a função de GPS, o iPhone revoluciona o aspecto da usabilidade em toda a sua amplitude.

A primeira grande novidade no projeto é a inexistência de teclas, substituídas por um teclado virtual, exibido apenas quando necessário.O iPhone possui, ainda, sensor de movimento. Assim, o simples gesto de levar o telefone à orelha, faz com que a ligação seja atendida. Girá-lo, por sua vez, faz com que sua tela seja exibida em modo wide-screen. Outra inovação é o zoom de imagens com um gesto de pinça, abrindo o polegar e o indicador sobre a tela. O movimento inverso reduz o conteúdo exibido.

A partir de agora, contamos com celulares que rompem definitivamente as barreiras da interface, até então pequena e pouco amigável para a execução das tarefas do dia-a-dia on-line. É o início da convergência ubíqua numa única plataforma móvel de comunicação, acesso à informação e entretenimento. A época em que o celular absorveu o PDA, englobando a agenda, os contatos e o acesso ao e-mail pessoal, ficou para trás. Agora acessamos a previsão do tempo, as cotações da bolsa de valores, o Google Maps e o YouTube na telinha.

No aspecto conectividade, além da transmissão de dados por meio da rede celular (Edge), os smartphones de última geração permitem ainda a conexão via redes Wi-Fi, fazendo o chaveamento de forma automática quando uma rede wireless estiver disponível, minimizando o custo do acesso à Internet.

Finalmente, a revolução decorrente do surgimento de dispositivos tão amigáveis quanto o iPhone será vivenciada num futuro muito próximo, pois a tecnologia e os modelos de negócio necessários para o suporte à uma robusta convergência digital já estão acessíveis. Assim, veremos a aceleração de iniciativas de entretenimento, marketing e pagamento móvel, resultante do uso massivo dessas novas plataformas.

As Viúvas do iPhone

Sou casada com um profissional de TI. No Natal de 2007 ele me pediu um iPhone de presente. Não vi nenhum problema. O argumento era válido: todos os amigos já tinham e ele estava se sentindo excluído.

Se eu tivesse a mínima noção do que estaria por vir, teria pensado duas vezes antes de comprar o presente de Natal.

Assim, para que outras esposas, noivas, namoradas e afins não caiam na mesma cilada, seguem as fases do "Ciclo de Evolução do Relacionamento dos Homens e seus iPhones":

Fase1: ele ainda não sabe direito o que é, nem as potencialidades, mas adoram exibir o “brinquedo novo”. São garotos grandes, com brinquedos caros. O passatempo é mostrar para todo mundo que ele tem um iPhone. Nessa fase, eles gostam de contar vantagem sobre a versão do firmware e o método de desbloqueio.

Fase 2: ele descobriu o programa “installer” e a rede wi-fi. A novidade é o roll de programas novos que ele instalou, coisas como a calculadora financeira da HP, as várias versões do Money, os jogos, etc. Nessa fase, o
grande lance é comparar com os amigos quem tem mais novidades.

Fase 3: ele entrou na Internet e descobriu comunidades do Orkut e fóruns de discussão dos proprietários de iPhone. Apesar de ainda ser bloqueado no Brasil, já existem milhares de usuários, a última estimativa sugere contarmos com mais de 100 mil “iPhones brasileiros”. Nessa fase, a diversão é tirar onda com os usuários de blackberry, HTC e N95, comparando as potencialidades. Vale todo tipo de piada. A mais comum é que a única funcionalidade do N95 é ser GPS do iPhone.

Fase 4: ele viciou no brinquedo. A antiga leitura impressa de jornais e revistas, utilizadas principalmente no banheiro, é substituída pelo iPhone. O brinquedo se torna inseparável. A grande vantagem é que podemos levar o marido a qualquer lugar, desde que exista uma rede wi-fi aberta. Por exemplo, as horas intermináveis no shopping passam a ser suportadas com bom humor, sem reclamação, sentado num banquinho qualquer, lendo RSSs, Blogs e navegando na Internet através de seu iPhone. Até acompanhar a esposa no salão de beleza ou supermercado se torna agradável. Uma vantagem: aquelas mulheres “gostosonas” podem passar na frente dele mil vezes que ele nem vai notar, pois seus olhos não desgrudam do aparelhinho.

Fase 5: ele virou usuário das funcionalidades. A agenda de contatos e compromissos está no iPhone. Todos os e-mails e documentos importantes. O expediente é estendido para a casa. O telefone vai junto até pra cama: ele assume o lugar do despertador, com música personalizada. Nessa fase, o marido se torna membro ativo da comunidade e passa a solucionar problemas de usuários inexperientes. Ele é “expert” em atualizar e desbloquear novas versões do firmware e a emular outros sistemas operacionais, tais como Unix (BSD). A nova diversão é saber quem desbloqueou a maior quantidade de iPhones de amigos menos entendidos.

Fase 6: O “ménage a trois” entre marido, mulher e iPhone começa a atrapalhar. No restaurante ele recebe um e-mail importante ou lê uma notícia relevante para os negócios. Nessas horas, adeus lazer. Na hora de dormir, o casal deitado na cama, a esposa lê um livro quando, de repente, o marido dá um grito de raiva. Assustada ela descobre que ele leu um e-mail ardiloso e ficou aborrecido. Adeus noite de sono tranqüila. Nessa fase, o carregador do iPhone passa a ser a coisa mais importante da vida do marido.

Fase 7: ele deixa as pessoas de lado pra ficar com o iPhone. Mesmo no barzinho, na frente da cerveja e dos amigos o brinquedo tem prioridade. Quando ele não está falando dele, está brincando com ele. Nessa fase, a esposa desesperada não consegue mais a atenção do marido. Como último recurso, utiliza o infalível método “Marilin” (Monroe) e dorme nua com duas gotas de Chanel número 5. E, mesmo assim, nada acontece. Provavelmente o marido nem viu. Seus olhos e pensamentos são do iPhone.

Conclusão: esse aparelhinho, aparentemente inofensivo, é mais poderoso que qualquer outro brinquedo masculino: carro, moto, Playstation, Xbox, Wii e similares. Ele possui funcionalidades revolucionárias, aparentemente desprezíveis, que, de alguma forma, mudou o uso dos celulares.

Sinto saudades do tempo onde as brigas eram por causa do futebol, da cerveja, dos amigos e das outras mulheres. E um conselho: pelo o bem da união do casal, adie o máximo de tempo possível a aquisição de um iPhone.

Assinado por minha esposa

Retrospectiva Digital de 2018

Há 10 anos, em 2008, o Comércio Eletrônico completou sua primeira década no Brasil.
Uma das principais ferramentas para se mitigar riscos e analisar novas oportunidades de investimento consiste na criação de cenários. Assim, faremos uma análise dos últimos dez anos de Comércio Eletrônico no Brasil por meio de uma retrospectiva a partir de 2018.

Como, em 2008, o ritmo de crescimento do varejo on-line no Brasil encontrava-se demasiadamente aquecido, o Sebrae lançou, conjuntamente com a camara-e.net, uma abrangente campanha de inclusão digital para as micro e pequenas empresas, acarretando em uma das grandes revoluções da Internet em nosso país nos últimos anos.

Na última década, praticamente ninguém ficou imune ao poder da rede, das costureiras artesanais de roupas íntimas aos gigantes do varejo tradicional, dos bancos e seguradoras aos cartórios de registros e notas, todos viram seus negócios se transformarem devido ao crescimento massivo da Internet no Brasil. Este foi o período em que o triumviratum estabilidade econômica, investimentos públicos e pujança digital alçaram o nosso país ao Grau de Investimento e sepultaram de vez o conceito do Risco Brasil.

A comerciante Deborah Klopffleisch, por exemplo, ao ver-se cansada do lento crescimento da Camomilah Confecções, um micro-ateliê de confecção artesanal de moda íntima para gordinhas, decidiu fechar as portas de seu ponto comercial, mudando-se 100% para a Internet. Neste momento nascia a camomilah.com.

A decisão mostrou-se vitoriosa, pois ao surfar através do crescimento médio de 25% do Comércio Eletrônico entre 2008 e 2018, a camomilah.com ampliou seu faturamento dezenas de vezes, atingindo 9,5 milhões de reais por ano em seu portal de roupa íntima focado no atendimento de um nicho de mercado, que requer exclusividade e discrição na hora da compra.

Todavia, Deborah não foi a única micro-empresária a ter sua vida alterada, no caso dela, radicalmente pelo avanço da Internet comercial. Os negócios ligados à rede viveram um período de monumental aceleração na última década, posicionando o Brasil no seleto rol das economias de primeiro mundo no ciberespaço. Esta foi a década do surgimento e consolidação de várias marcas virtuais brasileiras no cenário mundial. Hoje, temos orgulho de ostentar diversas “multinacionais.com” de enorme peso regional e global, como a B2W, o BuscaPé, a Sapatino, a eonde e o UOL, entre várias outras.

Por fim, pode-se afirmar que a iniciativa do Sebrae auferiu êxito pleno ao incluir dezenas de milhares de novos micro e pequenos empresários brasileiros à Internet. Em 2008, contávamos apenas com 15 mil lojas on-line, quantidade irrisória se comparada à atual marca de 197 mil lojas digitais. Todavia, não paramos por aí, pois também melhoramos sensivelmente a distribuição de renda no Comércio Eletrônico, antes fortemente concentrado nos 20 maiores varejistas on-line, que respondiam por 80% do faturamento. Hoje, assim como Chris Anderson, com a teoria da Cauda Longa, também quebramos o Princípio de Pareto, pois 80% dos varejistas on-line faturam 40% do montante gerado pelo B2C, que chegou a um total de R$ 264 bilhões no quarto trimestre de 2018. Fatura puxada pelo aumento vertiginoso das compras via cartões de débito, que cresceram de um patamar de menos de 5% de participação para 20% dos meios de pagamentos digitais utilizados pelos atuais 110,5 milhões de e-consumidores brasileiros.